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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A Partida - parte I: a Odisseia.

Foi na tarde fria de 20 de fevereiro que olhei pela última vez a minha casa e em prantos fechei a porta. Aquele já não era mais meu endereço, e a minha rua já não teria mais tantos azulejos. Com três malas para despachar e duas malas de mão na calçada abracei os grandes amigos que fiz em Portugal e juntos colocamos as malas no carro e partimos para o aeroporto. O sonho português de fato estava no fim e era hora de voltar para o Brasil. Em todo o caminho eu fiquei reparando os detalhes da cidade, tentando guardar na memória as pequenas belezas do Porto.

Cheguei ao aeroporto e fui embalar minhas malas, e é claro que todas elas tinham mais peso que o permitido! Não precisei deixar nada para traz, mas minhas malas de mão ficaram muito pesadas, e levei meu travesseiro e um casaco à tira colo.
Na derradeira hora de “entrar” aquele aperto no coração, deixar as pessoas que tornaram Portugal tão especial para mim... não saber quando vou revê-las! A alegria de saber que em poucas horas estaria no Brasil... mistura louca de sentimentos.
Entrei para a revista de malas chorando, chorei a fila toda, não quis olhar as lojas do free shop, encontrei meu portão de embarque, sentei e chorei. Chorei a saudade, de tudo que fica em Portugal e de tudo que estava a minha espera no Brasil. Chorei por deixar meus queridos amigos em Portugal e por reencontrar os amigos de toda minha vida no Brasil! Não há explicação para a avalanche de sentimentos contraditórios de uma partida como essas, queria voltar, mas queria também ficar.
O voo correu muito tranquilo, e apesar de ser muito chato ter de carregar o travesseiro, ele fez a maior diferença para que eu tivesse mais conforto no avião! Com a ajuda de um remedinho, dormi a maior parte do caminho. Só fiquei acordada depois do café da manhã. E quando o comandante anunciou que em 10 minutos aterrissaríamos em Guarulhos, meu coração disparou, eu sentia as mãos trêmulas, e já não continha as lágrimas! Logo depois do pouso fomos avisados: “em São Paulo são 7:25h da manhã e esta um lindo dia de sol, com temperatura de 22ºC”, um viva para o calor!!! Só com o detalhe que eu estava vestida para 5ºC... Eu tinha uma roupa de verão na mala de mão, mas... eu deveria ter me trocado no mini banheiro do avião, quase derreti com toda aquela roupa!
Depois do desembarque vem aquela parte chata de esperar as malas e passar pela alfândega, mas depois disso sem muitos corredores e quando eu menos esperava, lá estava a porta de saída, com o coração disparado e muitas lágrimas nos olhos, olhava ao redor procurando meus padrinhos, os únicos no Brasil que sabiam da minha chegada, quando pude ver minha madrinha, larguei o carrinho e corri ao encontro dela. Eu estava em casa.

Não, eu não contei a ninguém sobre a minha chegada, então para cada pessoa querida pude fazer uma pequena surpresa! Mas isso eu conto em outro post!

4 comentários:

  1. Novamente vc conseguiu me fazer chorar com essas suas partidas...e novamente imaginei como será a minha.
    Infelizmente não conseguimos nos despedir... mas te desejo do fundo do coração tdo de bom e melhor q existe nesse mundo! Que todos os seus sonhos se realizem!
    E quando for a Curitiba avisa!


    Ahhh nao podia esquecer! Obrigada por tdo!!!

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  2. Mari, que delícia esse post! É muito louco mesmo, comigo foi a mesma choradeira e claro que chorei mais um pouquinho lendo isso aqui hahaha! Boa sorte na volta e espero ver você de novo em breve! Já estou com saudades. Beijo grande!

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  3. Voce conseguiu definir tudo que sentir ao voltar pro Brasil.
    Mas no meu caso fui a turismo.. Conheci um portugues.. Me apaixonei tao rapido.. E os dois meses la passaram tao rapido que eu nao queria voltar..
    Tambem fiquei olhando tudo qando ia embora..
    Ele chorou.. Eu chorei!
    Foi tao ruim deixar ele e aquele país maravilhoso.

    Mas agora quero voltar e pra estudar.

    E nao tenho ideia de como fazer isso!! :/

    Eliza Oliveira

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